SEM ASSUNTO                        SIN THEMA
(Quando a vontade de escrever      (Quando le voluntate de scriber
supera tudo!)                      supera toto!)
Ana Cristina Pozza Silveira        Trad.: Ensjo

O papel sussurrou-me algo          Le papiro me susurrava alco
Provocando a minha mudez           Provocante mi mutessa
contemplativa,                     contemplative,
Sabendo que as palavras            Sapiente que le parolas
necessitavam                       necessitava
De uma libertação mais do que
viva.                              De un liberation plus que vive.
Mas, disse eu a ele:               Ma, io diceva a illo:
"Não há um lápis por perto,        "Il non ha un stilo proximo,
E hoje eu 'tô' com mania de        E hodie io es con mania de
intelectual,                       intellectual,
Só escrevo depois de ler o         Io solo scribe post leger le
jornal!"                           jornal!"
"Mas que mentira!"                 "Ma qual mendacio!"
Disse-me esperto e com ira,        Illo me diceva argute e con ira,
"Tu não tens                       "Tu non habe
Tu não sabes                       Tu non sape
Tu não encontras o que escrever,   Tu non trova que scriber,
Apesar das palavras serem tuas     Ben que le parolas es tu
companheiras,                      companiones,
Amigas fiéis e verdadeiras,        Amicas fidel e ver,
Da tua alma amantes,               De tu anima amantes,
E na tua mente eternas
saltitantes!"                      E in tu mente eterne saltitantes!"
Branco e pálido,                   Blanc e pallide,
O papel riu-se de mim...           Le papiro se rideva de me...
Rosada e envergonhada,             Rosate e avergoniate,

Eu senti no papel toda maldade...  Io sentiva in le papiro tote le
                                   malitia...
É verdade,                         Il es veritate,
Têm dias que é assim:              Il ha dies que il es assi:
Eu rabisco e risco,                Io schizza e tracia,
Risco e rabisco                    Tracia e schizza
Horas sem fim                      (Per) horas sin fin
E há sempre,                       E il ha sempre,
Um punhado de palavras             Un manata de parolas
A mim bem junto                    A me ben juncte
E eu, tristemente,                 E io, tristemente,
Agoniada pela falta de assunto!    Agoniate per le manco de thema!
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