GAMBIA-L Archives

The Gambia and Related Issues Mailing List

GAMBIA-L@LISTSERV.ICORS.ORG

Options: Use Forum View

Use Monospaced Font
Show HTML Part by Default
Show All Mail Headers

Message: [<< First] [< Prev] [Next >] [Last >>]
Topic: [<< First] [< Prev] [Next >] [Last >>]
Author: [<< First] [< Prev] [Next >] [Last >>]

Print Reply
Subject:
From:
RSF Afrique / RSF Africa <[log in to unmask]>
Reply To:
The Gambia and Related Issues Mailing List <[log in to unmask]>
Date:
Wed, 18 Apr 2012 18:30:33 +0200
Content-Type:
multipart/alternative
Parts/Attachments:
text/plain (13 kB) , text/html (23 kB)
Portugues (
http://es.rsf.org/guinee-bissau-golpe-de-estado-de-12-de-abril-18-04-2012,42323.html
)
Français (
http://fr.rsf.org/guinee-bissau-coup-d-etat-du-12-avril-apres-le-18-04-2012,42316.html
)
English (
http://en.rsf.org/guinea-bissau-news-blackout-and-military-18-04-2012,42317.html
)

*Repórteres sem Fronteiras (http://www.rsf.org)*
*Comunicado de imprensa  *

18.04.2012

*GUINE-BISSAU*

*Golpe de Estado de 12 de Abril : após o black-out, a censura militar*

Seis dias depois do golpe de Estado na Guiné-Bissau, no decorrer do qual
foram detidos o Primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e o Presidente
interino Raimundo Pereira, Repórteres sem Fronteiras constata graves
entraves ao direito de informar neste país da África do Oeste: jornalistas
ameaçados, black-out da informação, meios de comunicação censurados...
Solicitamos ao poder militar que restaure o direito da imprensa a informar
livremente.



“O golpe de estado de 12 de Abril suscitou sérios obstáculos à liberdade de
informar, um direito vital neste período de agitação política. Após um
black-out informativo, durante o qual o conjunto dos canais de televisão e
estações de rádio foi encerrado, foi instaurado um controle dos conteúdos
dos meios de comunicação pelas autoridades militares. Esperamos que o
regresso à normalidade política e institucional prometida pela junta no
poder trará consigo o restabelecimento total das actividades dos média”,
declarou Repórteres sem Fronteiras.



A 16 de Abril de 2012, teve lugar um encontro entre o comando militar e os
directores dos vários órgãos de imprensa no intuito de permitir a
reabertura dos meios de comunicação suspensos. No entanto, os militares
colocaram como condição a proibição de mencionar as manifestações
organizadas na capital. A junta justifica esta medida com o seu objectivo
de “construir a paz e a unidade nacional”. Repórteres sem Fronteiras
denuncia o estabelecimento de uma censura militar que está por trás desta
medida.



Para além dos frequentes cortes de electricidade e das perturbações das
telecomunicações que impedem os jornalistas de efectuar convenientemente o
seu trabalho, a totalidade das rádios e a televisão viram-se
impossibilitadas de emitir os seus programas ou difundir informações
durante o fim-de-semana, já que o comando militar suspendeu as actividades
dos jornalistas em nome da “coesão nacional”. “Quem não obedecesse a estas
ordens estava sujeito a duras represálias ou a viver na clandestinidade”,
confiou uma fonte de Repórteres sem Fronteiras. Só a *Rádio Nacional*, a
estação de rádio pública da Guiné-Bissau ocupada pelos militares, emitia
música e comunicados do exército apelando à calma.



A 13 de Abril, o célebre blogger *António Aly Silva* (Ditadura do Consenso,
http://ditaduradoconsenso.blogspot.pt), foi detido e agredido pelos
militares por estar a tirar fotografias de instalações militares. Libertado
algumas horas depois, o seu material foi confiscado.



No mesmo dia, horas depois do ataque à residência do Primeiro-ministro, os
militares controlavam as entradas e saídas das instalações da rádio
portuguesa *RDP África*. Os jornalistas da *RDP África* terão mesmo sido
ameaçados por militares armados e despojados do seu material e câmaras.



Situada na 75ª posição entre 179 países na Classificação da Liberdade de
Imprensa 2011 elaborada por Repórteres sem Fronteiras, a Guiné-Bissau tem
sido regularmente vítima de golpes de Estado desde a sua independência, em
1974. As violências das forças de segurança, juntamente com aquelas
perpetradas por personalidades ligadas ao narcotráfico, alimentam um
ambiente nefasto para a emancipação da liberdade de imprensa e o exercício
do jornalismo. Em 2007, Repórteres sem Fronteiras publicou um relatório
intitulado “Cocaína e golpes de Estado, fantasmas de uma nação amordaçada”.



Ler o relatório:
http://en.rsf.org/guinea-cocaine-and-coups-haunt-gagged-12-11-2007,24330.html


-----

*GUINEE-BISSAU*

*Coup d'Etat du 12 avril : après le black-out, la censure militaire*

Six jours après le putsch survenu en Guinée-Bissau, lors duquel le Premier
ministre Carlos Gomez Junior et le président intérimaire Raimundo Pereira
ont été arrêtés, Reporters sans frontières constate de graves entraves au
droit d'informer dans ce pays d'Afrique de l'Ouest : journalistes menacés,
black-out de l'information, médias censurés... Nous appelons le pouvoir
militaire à restaurer le droit de la presse à informer librement.



"Le coup d'Etat militaire survenu le 12 avril 2012 a entraîné de graves
atteintes à la liberté d'informer, pourtant vitale en cette période de
troubles politiques. A un black-out de l'information, où l'ensemble des
chaînes de télévision et de radio ont été fermés a succédé un contrôle par
les autorités militaires des contenus médiatiques. Nous espérons que le
retour à la normalité politique et institutionnelle promis par la junte au
pouvoir aboutira à un rétablissement total de l'activité des médias", a
déclaré Reporters sans frontières.



Une rencontre a été organisée le 16 avril 2012 entre le commandement
militaire et les directeurs des différents organes de presse afin de
permettre la réouverture des médias suspendus. Les militaires ont cependant
conditionné celle-ci à l'interdiction d'évoquer les manifestations qui ont
lieu dans la capitale. La junte invoque un objectif "de construction de la
paix et de l'unité nationale" pour justifier cette injonction. Reporters
sans frontières dénonce dans cette mesure la mise en place d'une censure
militaire.



Outre les fréquentes coupures d'électricité et les perturbations des moyens
de communication empêchant les journalistes d'effectuer pleinement leur
travail, l'ensemble des radios et la chaîne de télévision n'ont pu émettre
leurs programmes, ou transmettre des informations pendant le week-end. Le
commandement militaire avait en effet suspendu toutes les activités des
journalistes au nom de "la cohésion nationale". "Quiconque aurait
contrevenu à ces ordres aurait été exposé à de sévères représailles, ou à
vivre dans la clandestinité", a confié une source de Reporters sans
frontières. Seule *Radio Nacionale*, station de radio publique de
Guinée-Bissau occupée par les militaires, diffusait de la musique et les
communiqués de l'armée appelant au calme.



Le 13 avril, alors qu'il photographiait des installations militaires, le
célèbre blogueur *António Aly Silva *(*Didatura do *Consenso, "la dictature
du consensus", http://ditaduradoconsenso.blogspot.fr) a été arrêté et
frappé par des militaires. Le journaliste a été relâché quelques heures
après son interpellation, mais son matériel a été confisqué.



Le même jour, quelques heures après l'attaque de la résidence du Premier
ministre, les militaires contrôlaient les entrées et sorties des locaux de *
RTP-Africa*, un média portugais. Les reporters de *RTP-Africa* auraient été
menacés armes au poing par les militaires, tandis que du matériel et des
caméras leur auraient été subtilisés.



Située à la 75e place, sur 179 pays, dans le classement mondial 2011-2012
de la liberté de la presse établi par Reporters sans frontières, la Guinée
Bissau, depuis son indépendance en 1974, est régulièrement touchée par des
coups d'État. Ces violences des forces de sécurité, ajoutées à celles de
personnalités liées au narcotrafic, contribuent à produire un environnement
néfaste pour l'émancipation de la liberté de la presse et l'exercice du
journalisme. En 2007, Reporters sans frontières avait publié un rapport de
mission intitulé "Cocaïne et coups d'Etat, fantômes d'une nation
bâillonnée".



Voir le rapport :
http://fr.rsf.org/guinee-cocaine-et-coup-d-etat-fantomes-d-12-11-2007,24329.html


-----

*GUINEA-BISSAU*


*News blackout and military censorship follow coup*


Last week’s coup in Guinea-Bissau, in which Prime Minister Carlos Gomez
Junior and Interim President Raimundo Pereira were arrested, has been
followed by grave violations of the right to information, including threats
to journalists, a news blackout and media censorship. We urge the new
military government to restore the media’s right to report news freely.



“The 12 April military coup has led to serious restrictions on the freedom
to report news and information, although this is vital at times of
political unrest, Reporters Without Borders said. “A news blackout, in
which all radio and TV stations were closed, has been followed by military
control of media content. We hope that the return to political and
institutional normality promised by the ruling junta will result in full
restoration of media activity.”



At a meeting with media executives on 16 April, the military high command
said they could resume operating as long as they did not mention that
protests that have been taking place in the capital. The goal of
“constructing peace and national unity” was cited as grounds for this
restriction. Reporters Without Borders regards it as the introduction of
military censorship.



As well as frequent power cuts and disruption of communications that
prevented journalists from working properly, no radio or TV station was
able to broadcast programmes or news reports during the weekend after the
military high command suspended all media activity for the sake of
“national cohesion.”



“Anyone contravening these orders would have been exposed to severe
reprisals or would have had to go into a hiding,” a media source told
Reporters Without Borders. Only Guinea-Bissau’s state-owned *Radio Nacionale
*, which is occupied by soldiers, continued to broadcast music and military
communiqués appealing for calm.



*António Aly Silva*, a well-known blogger, (Didatura do Consenso,
“Dictatorship of Consensus”, http://ditaduradoconsenso.blogspot.fr) was
arrested and beaten by soldiers while he was photographing military
installations on 13 April. They released him a few hours later but
confiscated his equipment.



A few hours after attacking the prime minister’s residence on 13 April,
soldiers began controlling everyone entering and leaving the premises of *
RTP-Africa*, a Portuguese news media. Soldiers threatened
*RTP-Africa*journalists at gunpoint and stole cameras and other
equipment from them.



Ranked 75th out of 179 countries in the 2011-2012 Reporters Without Borders
press freedom index, Guinea-Bissau has undergone frequent coups since
independence in 1974. As a result of violence by the security forces and by
individuals linked to drug trafficking, the climate is rather hostile for
journalism and media freedom.



Reporters Without Borders issued a report on Guinea-Bissau in 2007 report
entitled “Cocaine and coups haunt gagged nation.”


Read the report:
http://en.rsf.org/guinea-cocaine-and-coups-haunt-gagged-12-11-2007,24330.html


----
Ambroise PIERRE
Bureau Afrique / Africa Desk
Reporters sans frontières / Reporters Without Borders
47, rue Vivienne
75002 Paris, France
Tel : (33) 1 44 83 84 76
Fax : (33) 1 45 23 11 51
Email : [log in to unmask] / [log in to unmask]
Web : www.rsf.org
Twitter : RSF_Africa


¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤
To unsubscribe/subscribe or view archives of postings, go to the Gambia-L Web interface
at: http://listserv.icors.org/archives/gambia-l.html

To Search in the Gambia-L archives, go to: http://listserv.icors.org/SCRIPTS/WA-ICORS.EXE?S1=gambia-l
To contact the List Management, please send an e-mail to:
[log in to unmask]
¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤

ATOM RSS1 RSS2